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“Uma Viagem Virtual pelos Biomas Brasileiros” foi tema da Semana Acadêmica promovida pelo curso de Ciências Biológicas
A coordenação do curso de Ciências Biológicas, do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), promoveu de 29 de agosto a 04 de setembro, por meio da plataforma Google Meet, a IX Semana de Estudos Biológicos (SESTBIO). Essa teve como tema “Uma Viagem Virtual pelos Biomas Brasileiros”.
No primeiro dia do evento, ocorreu o minicurso “Bioestatística aliada ao programa RStudio: seja um cientista completo”. Esse foi proferido pelo ex-aluno de Ciências Biológicas, Gabriel José da Silva. Na oportunidade, ele mostrou aos participantes testes do programa RStudio: ANOVA, Teste T de Student, Qui-Quadrado e Regressão.
No segundo dia do evento, foi a vez da integrante do Projeto Flora do Brasil, Cleusa Vogel Ely, da Universidade Federal do Rio Grande Sul (UFGRS) falar sobre os “Campos Sulinos”, que são mosaicos de florestas de araucárias com formações abertas, em três estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Os pampas são um bioma essencialmente campestre, reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2004. É o 2º bioma mais devastado no Brasil. Os campos do Rio Grande do Sul possuem dez fitofisionomias e a pecuária é que os salva.
Em seguida, o acadêmico do 10º período, do curso de Medicina Veterinária do UNIPAM, Ed Júnior Pereira falou sobre as serpentes peçonhentas que causam injúrias em suas presas, graças aos aparatos (dentes) que estão ligados a glândulas secretoras de veneno para inoculá-lo. Ele também apresentou os seguintes grupos de serpentes: Viperidae, Colubridae, Crotalus, Bothrops, Boidae, Elapidae, bem como as espécies exóticas.
Posteriormente, o mestrando em Biodiversidade e Biologia Marinha Costeira, Thiago Eleutério Rodrigues, apresentou o assunto de seu mestrado e contou que sempre gostou muito de pesca e sonhava em morar próximo ao mar. Muitos percursos surgiram no trajeto, incluindo um estudo prévio e solitário para adentrar nesse universo. Porém, nada tão desafiador quanto juntar as malas em Minas Gerais, largar o emprego e começar uma nova vida rumo à concretização do seu maior sonho.
No terceiro dia do evento, as acadêmicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Sofia Alves Ribeiro e Sther Gonçalves Pessoa, mostraram a importância das atividades práticas para o Biólogo Marinho. Segundo elas, os embarcados passam sete dias em alto mar e, nessa barca, devem saber fazer a coleta, analisar o que foi coletado e redigir os relatórios. Elas também apresentaram os trabalhos desenvolvidos nos laboratórios da UDESC, mostrando inúmeras oportunidade de centros de pesquisa na área.
Em seguida, a Doutora em Agronomia Janaína Oliveira Cruz, contou sua história de vida e trajetória acadêmica iniciada no UNIPAM, percorrendo mestrado e o doutorado na Universidade Estadual Paulista (UNESP). Ela falou também sobre o estágio realizado em Portugal, onde reside atualmente.
Logo após, o ex-aluno do curso de Ciências Biológicas, César Henrique Rodrigues, mostrou as três formações fitofisionômicas do cerrado, um dos hotspots mundiais. O cerrado é conhecido de forma tardia. Esse bioma avança em todas as regiões do Brasil e só perde, em extensão, para a Amazônia.
No quarto dia do evento a curadora do Herbário COR da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Maria Ana Farinaccio apresentou o pantanal matogrossense, a maior planície inundável do planeta, patrimônio natural mundial e reserva da biosfera e o bioma menos conhecido do Brasil.
Posteriormente, a especialista em Gestão, Licenciamento e Auditoria Ambiental, Ana Paula Silva, apresentou seu TCC intitulado “A Entomologia Forense e o intervalo pós-morte, em cadáver de suíno”. Ela falou sobre os insetos que chegam ao cadáver e ali desovam, perpetuando suas espécies, o que pode revelar sua procedência e, consequentemente, a procedência do cadáver.
Em seguida, o doutorando em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, Higor Antonio Domingos, mostrou aos participantes imagens produzidas à microscopia óptica e à microscopia eletrônica de grãos de pólen, de espécies trabalhadas pelo pesquisador e de espécies representantes dos domínios fitogeográficos do Brasil.
Posteriormente, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e da Associação dos Amigos do Peixe-boi (AMPA), Diogo Alexandre, falou sobre a Amazônia mostrando o trabalho de restauração e reintrodução do peixe-boi em seu hábitat natural, além do acompanhamento dos espécimes soltos.
No quinto dia do evento foi promovida a “I Gincana Virtual do Biólogo”. As turmas do curso e os demais participantes da SESTBIO formaram três equipes que competiram entre si, em 15 provas elaboradas pelos técnicos e professores do curso de Ciências Biológicas. As provas desafiavam os alunos quanto à agilidade, habilidade de pensar sob pressão e também aferiram os conhecimentos adquiridos em relação aos biomas brasileiros.
No último dia do evento, o Dirigente da Ambiental Mata Atlântica, Antonio Carlos de Souza conduziu os participantes a coleta de sementes na Mata Atlântica. Algumas perguntas frequentes sobre a coleta e a germinação de sementes foram discutidas, tais como: “De que árvore se pode coletar sementes?”; “O que fazer com estas sementes?”; “Quantidade de sementes por árvores?”; “Elas germinarão após o resfriamento prolongado?”; “Todas as espécies devem passar pelo acondicionamento em refrigerador?”; e “Como conseguir sementes de qualidade?”.
Em seguida, o mestrando em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Hugo Humberto de Araújo, apresentou algumas respostas das plantas à poluição, por meio da análise morfoanatômica. São elas: há poucos dados sobre espécies nativas na literatura; são espécies de importância ambiental e ecológica, bioindicadores e/ou biorremediadoras; responsáveis pelo monitoramento de áreas degradadas, com potencial uso em reflorestamento. O Brasil tem uma grande biodiversidade e a ação antrópica vem comprometendo o equilíbrio do meio ambiente, ameaçando a diversidade biológica.
Posteriormente, o acadêmico do curso de Medicina Veterinária, Deivid Borges Bittar, apresentou seu trabalho de conclusão de curso, intitulado “Zoobiquidade, Medicina Translacional e One Health”, no qual levou a todos conhecimentos sobre zoobiquidade, que é a conexão entre a saúde humana e a saúde animal. A medicina única, one health, atualmente coloca médicos e médicos veterinários em parceria para atenderem os seus pacientes.
Para encerrar, a doutora em Ecologia pela Universidade de Brasília (UnB), Luciana Vieira percorreu o mundo da Caatinga, além de apresentar vários trabalhos que estão sendo conduzidos nos laboratórios da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). A caatinga é considerada o único bioma brasileiro, é biodiversa, menor do que em outros biomas, mas com uma biodiversidade característica. As “caatingas” possuem 13 tipos fitofisionômicos, de acordo com a concentração do porte (altura) e a distribuição das plantas (mais adensada ou rarefeita).